CASE DE SUCESSO: BOXNET
Imagine o seguinte cenário: uma empresa de serviços de informação especializada em monitorar, coletar e organizar um enorme volume de informações veiculados na internet, em jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, nacionais e internacionais, e disponibilizar digitalmente este material para seus clientes no menor espaço de tempo possível após a veiculação. Estamos falando em atuação 24/7, em tempo real, com integração de base de dados, estatísticas, relatórios, classificações criteriosas. Neste cenário, há pelo menos dois fatos inegáveis: 1) agilidade é a essência da empresa; 2) em um negócio com este perfil, a tecnologia é determinante para o sucesso.
Foi este “incômodo” que atingiu a Boxnet no final de 2014. Registrando um bom ritmo de crescimento desde a sua fundação, em 2003, a empresa chegou em um estágio em que percebeu que seu hardware estava ultrapassado, que seu datacenter havia chegado ao limite, que não havia mais espaço para armazenar dados. “Tínhamos um novo desafio de infraestrutura e de sistema em nosso ciclo de planejamento estratégico para suportar o contínuo crescimento em dados da empresa. Nesse contexto o ambiente que possuíamos não suportaria as ambições da empresa. E isso, no médio prazo, traria reflexos no dia a dia da empresa. A sensibilidade de timing foi importante. Tínhamos uma difícil decisão, continuar com a arquitetura ‘as is’ ou dar um grande passo e colocar a tecnologia suportando o negócio? Não tivemos dúvidas, e hoje a empresa colhe os frutos”, afirma Miklos Miyata, Chief Technology Officer da Boxnet.
DILEMA
Após apresentação ao board da empresa, houve consenso sobre o investimento e o caminho a ser seguido: em direção a “cloud computing”. A equipe de tecnologia, liderada por Patricio Molina, mergulhou nos estudos sobre os sistemas para conhecer e testar os produtos dos diversos players. Enquanto isso, Miyata buscava indicações no mercado de empresas que pudessem ajudá-los no contato direto com os fornecedores e na tomada de decisão junto ao board da Boxnet. Foi neste momento que a Move2Cloud passou a integrar o projeto. “Sentimos confiança no capital intelectual da empresa e entendemos que poderiam nos ajudar a encontrar e validar as melhores soluções. São profissionais técnicos com vasta experiência e muito trânsito na área”, diz Miyata.
O diagnóstico foi elaborado minuciosamente, assim como foram feitas as análises das opções disponíveis. A decisão foi migrar para a nuvem. Foram encontradas soluções técnicas com melhor desempenho e sem elevação dos custos. A escolha pela Amazon Web Services (AWS) se deu por uma série de motivos. No caso do S3, pela extrema facilidade na implantação do sistema de storage, com total autonomia, nenhuma burocracia e precisão em relação aos valores gastos.
Em um segundo momento, em reunião conjunta entre Move2Cloud, Boxnet e AWS, ocorreu a contratação do Amazon Elastic Bean Stalk e do Amazon RDS para Banco de Dados SQL. Havia muita segurança em relação à escolha e certeza em relação ao fim dos problemas com infraestrutura, já que a AWS tinha presença consolidada, com produtos já em operação e apresentando alto desempenho, e também porque era a garantia rumo à escalabilidade que Boxnet buscava. “Poderíamos crescer novamente sem termos de nos preocupar com limitação de infraestrutura e problemas de entrega”, reforça.
RESULTADOS
Um ano após a migração, os resultados já são perceptíveis. O primeiro deles é um expressivo aumento da carteira de clientes neste período, que triplicou sem que houvesse qualquer preocupação em relação às limitações de infraestrutura na nuvem. O suporte de uma infraestrutura potente permite à empresa participar de grandes concorrências com tranquilidade em relação à sua capacidade de entrega.
Um ponto importantíssimo é que agora a empresa conhece melhor seus custos com TI. É possível usar a estrutura do cloud para determinar o custo exato de cada cliente.
Também do ponto de vista financeiro, pode-se dizer que uma série de custos operacionais agregados foram eliminados, como a necessidade de ampliação da equipe vinculada à entrada de clientes de grande porte, além do investimento em equipamento e compra de espaço – e custos de TCO (Custo Total de Propriedade) relacionados –, que seriam recorrentes, caso a opção tivesse sido pela renovação do datacenter. A gestão da infraestrutura antiga exigia muita gente com muitas horas dedicadas à operação dos servidores.
Hoje, a equipe interna de TI é mais enxuta e oferece maior entrega. Está menos focada na retaguarda e mais dedicada ao negócio. É uma conquista importante, na avaliação do CTO. “Não tenho mais que deslocar tanta gente para resolução de problemas. O sistema eliminou grande parte dos problemas e a AWS se responsabiliza por proteger a infraestrutura que executa todos os serviços que oferecem na Nuvem. Esse projeto nos ajudou a conquistar este milestone: TI deixou de ser um gargalo da empresa e agora é mais próxima à área de negócios.”
Para o conselho, antes reticente em relação à migração para a nuvem, cloud agora faz parte do dia a dia, definitivamente o caminho que o negócio tinha de ter seguido. “O consenso agora é de que foi a estratégia acertada. Não precisamos mais nos preocupar em construir tecnologia, mas em fazer nosso negócio crescer. Sem este passo, o cenário atual seria diferente”, diz Miyata.
PRÓXIMOS PASSOS
Um ano após a migração ao melhor estilo “Lift and Shift”, o momento agora é de redesenhar todo o serviço da empresa para rodar na nuvem de forma mais eficiente e inovadora e com melhores custos. A atuação da Move2Cloud é contínua, por meio da metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Act). O foco agora está na adoção de novos produtos para evolução da plataforma de serviços da Boxnet, como Amazon Lambda, Amazon ElastiCache, Amazon Elastic Search e Amazon EKS, além do desenvolvimento de novos produtos utilizando serviços de Machine Learn, como Amazon SageMaker, Amazon Comprehend e Amazon Rekognition.